No dia a dia todos pensamos que ”precisamos” trabalhar, ”precisamos” de dinheiro. Somos criados para não viver sem um trabalho, mas não pensamos em como escolher uma profissão. O que valorizar e como chegar a uma conclusão da carreira escolhida. Diversos pontos podem ser considerados, por exemplo, o status do cargo, o retorno financeiro rápido, a herança familiar, a facilidade, o bem-social, o amor. Porém, cuidado, alguns destes aspectos também podem ser traiçoeiros!

Somos culturalmente preparados para ter um trabalho, para escolher uma profissão, e pouco preparados para ter prazer no que se faz. As pessoas confundem gostar de fazer, com ter facilidade para fazer. Algumas vezes, encontramos em uma mesma função os dois, mas isso é uma questão de sorte ou valorização. Obviamente, quando fazemos algo com facilidade e obtemos um bom resultado, o reconhecimento e a sensação de ”dominar a arte”, faz muito bem a autoestima, mas esta sensação pode passar com a rotina.

O fácil começa a se tornar sem graça e com o tempo perdemos o reconhecimento por isso, as pessoas se acostumam e as exigências aumentam e… aonde vai parar o prazer?

Quando pensar em trabalho, ao contrário do que enxergamos no mundo, devemos pensar em ser feliz realizando. Com certeza, em toda função vai haver ações que não serão muito satisfatórias, mas o orgulho de realizar uma missão que te gera prazer, olhar pro futuro, se imaginar trabalhando em seu objetivo, e aquele sorriso surgir sem querer em seu rosto, não há nada que pague.

O dinheiro é, sim, importante, mas o tempo mostra que o amor pelo que se realiza, traz o reconhecimento financeiro no decorrer do tempo. Resumindo, gostar do que se faz é sim sinônimo de sucesso profissional.

Tornar-se bom no que realiza é um aprendizado técnico, porém ser feliz profissionalmente é um estado de espirito, sentir-se bem agindo. Se você valoriza a sua função, as dificuldades se tornam desafios. Se não gosta, elas se somam aos obstáculos diários e tudo se concretiza em um trabalho penoso. Claro, com amor tudo se torna mais leve e o superar-se é só uma questão de tempo.

Todos nós temos dons naturais, que mesmo sendo muito importantes para algumas funções específicas, podem ser sempre muito bem-investidos em outros empregos, basta encontrar uma forma. Uma boa habilidade sozinha, não faz um bom profissional, é necessário alguns aspectos presentes na esfera do ser ou sentir, estes sim podem mudar muito sua realidade.

A felicidade profissional advinda do “saber fazer”, do reconhecimento financeiro ou da promoção desejada existe,  mas dura pouco. Amanhã você já esqueceu o elogio, o dinheiro já acabou e o que sobra? A carga pesada do trabalho ou o prazer em sua missão profissional? Esta resposta você terá de acordo com a forma como definiu sua carreira.

Muitos clientes tem me procurado apresentando sua insatisfação profissional. São bons executores, têm bons salários, mas estão tristes e amargurados com o que realizam. Sofrimento que é resultado de escolhas incertas, baseadas em aspectos errados. Afinal, passar ao menos 8 horas do seu dia fazendo algo “sem graça” é quase uma punição.

Ser um profissional brilhante é muito mais uma questão de amar o que faz do que ter uma carreira sólida. Se você usou os aspectos corretos na decisão, a promoção virá de qualquer maneira, o orgulho profissional te fará ainda mais iluminado e o sucesso já está impresso em você.

Acredite e reflita!

Sempre há a chance de fazer o diferente acontecer. Não importa em que fase profissional você está, a oportunidade de ser feliz na carreira está em suas mãos.

😉

Paula Bueno